terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Crepúsculo dos ídolos

Crepúsculo dos ídolos, banda cascavelense de black metal que segue como ideologia,o pensamento Crowleano e Nietzschiniano.Segue abaixo a entrevista com 3 dos integrantes que falam não só do som,como de filosofias e ideologias históricas que unem a banda.

1)Metal Face: Começarei pela pergunta de praxe. Como surgiu a banda?

Iezide: Três adolescentes resolveram tocar Black Metal. Por que Black Metal? Porque havia um certo atrativo no Black Metal. Nossas mentes rebeldes estavam em pé de guerra contra o abominável cristianismo. E o Metal Negro é sempre anticristão. Além da sonoridade, que nos remetia a toda aquela rebeldia e liberdade luciferiana que dizia: “vou tomar o reino do rei”. “A lei do forte, esta é a nossa lei e a alegria do mundo”. Aos quinze anos Iezide já tinha um certo conhecimento sobre cristianismo, ocultismo e filosofia, já podendo sugerir um nome com uma idéia para a banda, assim como um caminho ideológico exposto nas letras.

2)Metal Face: A cada novo trabalho, a banda se torna mais forte e diz estar mais próxima dos seus objetivos. Quais são esses objetivos?

Iezide: É sabido que toda ação gera uma reação. Calcular bem a ação para se ter uma reação esperada é ciência prática. Uma ação desinteressada, sem propósito, ao acaso, a reação é inesperada e esta surpresa pode ser interpretada de várias formas, mas algo é certo, não era esperada. Nossa ação como organismo (pois o Crepúsculo são cinco que formam um, como um corpo) é calculada, estudada, compreendida. Sabemos o que estamos fazendo, fazemos como cientistas. Mas não esperamos resultados, ainda não temos o poder do calculo exato (mas teremos!) por isso existem variáveis que escapam de um certo controle. Nossa ciência é falha (mas será exata). Alcançar a exatidão da prática é um objetivo. Ser conhecido mundialmente é um objetivo. Apresentar Thelema ao mundo é outro objetivo. Ajudar a humanidade é um objetivo. A ação deve ser tão reta e cortante quanto o fim da espada. O que se propõe a fazer deve ser feito bem feito e agora. O sucesso é a nossa prova.
Kether: Bom, acredito que todos nós, apesar de sabermos das probabilidades de uma banda como a nossa, surgida no interior do Estado do Paraná, (ou seja, totalmente fora do eixo Rio-São Paulo, que são os estados onde a cultura tem mais espaço) tocando o que, em minha opinião, dentro do Metal é um dos estilos mais underground, e ainda por cima com letras em português; a probabilidade de tornar-se reconhecida é um tanto remota. No entanto, temos confiança de que as músicas que fazemos são únicas, temos originalidade. Acho que este seria um dos principais objetivos, pois sem reconhecimento é difícil uma banda conseguir alcançar suas metas. Acho que outra meta que temos seria a de contribuir para o enriquecimento do pensamento humano. Como muitas de nossas letras apontam, acreditamos que as crenças religiosas – principalmente o cristianismo – obstaculiza a emancipação do homem. Por exemplo: é fato, que muitos avanços nas ciências foram “freados” devido a moral cristã. Enquanto o chamado “Mundo Árabe”, durante a Idade Média, vivia um período de esplendor intelectual; os países da Europa, neste mesmo período, viviam a “Idade das Trevas”, como também é conhecida a chamada “Idade Média” em termos da região européia. Podemos lembrar também que a Igreja cristã teve participação – direta ou indiretamente – nos maiores massacres culturais e de perda de vidas humanas da história: a conquista da América foi encabeçada pelos países mais cristãos da Europa naquele período (Portugal e Espanha). Conquista esta que, em termos numéricos, superou em muito o massacre dos judeus. Sem falar das perdas histórico-culturais que toda a humanidade teve com a aniquilação indígena na América Latina. Já que tocamos no assunto dos judeus, a Igreja Católica apoiou o regime fascista de Mussolini e Hitler, responsáveis por um dos maiores massacres da contemporaneidade. Poderia entrar em exemplos que mostram de um aspecto ideológico a pobreza da filosofia cristã, mas acredito que estes exemplos falam por si mesmos. Neste sentido, damos tanta ênfase para a questão religiosa em nossas músicas com a intenção de evidenciar que a humanidade precisa emancipar-se destas crenças para ter uma relação muito mais satisfatória consigo mesma. Precisamos perceber que somos fortes por nós mesmos e não porque uma entidade onipotente em sua misericórdia nos permite viver das migalhas deixadas por ela.    

3)Metal Face: Acham que podem chegar a um patamar que considerem ideal e dizer: "era isso que queríamos!"?

Kether: Eu sou como o Tenebrae Occultus e o Iezide dizem: mais “materialista”- intelectualmente falando. Portanto não penso em termos “ideais”, digamos assim. Pois penso que perseguir algo pensando numa idéia é um tanto complicado. Temos muito “chão” pela frente enquanto banda. Pode ser que ao longo de nossa trajetória certas coisas mudem, logo temos que saber também que as coisas não vão ser como a concebemos inicialmente. Mas acho que independentemente disto, o importante é saber que fizemos tudo o que estava em nosso alcance, que fizemos nosso melhor com o que tínhamos à nossa disposição no momento. Nossas músicas mostram isto. Há diferença entre nosso primeiro álbum-demo e o terceiro, tanto em questão de amadurecimento musical nosso enquanto indivíduos e conjunto, como também em termos de gravação. Acho que a música exemplifica muito bem o que estou querendo dizer. Ao fazer uma música temos uma estrutura pré-estabelecida em mente, porém, ao longo do processo de criação mudamos coisas criamos mais outras e descartamos algumas outras. Mas isto não quer dizer que a música criada assim seja ruim por não ser a “ideal”; as coisas se dão ao longo de um processo que não controlamos completamente.
Iezide: A vida seria tão feia e limitada se ela tivesse um estado de perfeição. A vida é contraste, oposição, mudança, morte. O estado perfeito da vida é não ter um estado perfeito. Ultrapassar sempre a meta é a meta.

4)Metal Face: Crepúsculo dos ídolos é uma das pouquíssimas bandas de Black Metal da região oeste do Paraná. Acha que isso se deve ao pouco espaço para bandas desse gênero ou está diminuindo o número de seguidores da ideologia?

Kether: A partir do que vejo, acredito que o número de pessoas que gostam deste estilo musical está crescendo em nossa região. Do período em que entrei na banda para atualmente, é possível ver cada vez mais rostos novos em shows. Neste mesmo espaço de tempo, vemos que surgiram novas bandas de Black Metal na região. Vamos “afunilar” um pouco isto: em Cascavel (cidade onde todos os integrantes do Crepúsculo dos Ídolos residem) tivemos recentemente um afastamento do cenário local de uma das – se não a mais em termos de duração – bandas de Black Metal mais antigas da cidade, que foi durante um bom tempo, se não me falha a memória, a única em atividade. Entretanto podemos perceber que apesar disto temos bandas novas de BM na cidade. Querendo ou não, somos uma delas. Apesar de estarmos a mais tempo em atividade, somos uma banda relativamente nova. Crepúsculo dos Ídolos alcançou uma estabilidade de membros que é um tanto recente. Outra questão que acho diretamente ligada ao pouco número de pessoas que gostam de BM em Cascavel, por exemplo, é a tradição do estilo na cidade. O BM nesta localidade agora que está alicerçando-se. Cascavel é uma cidade onde a maioria das pessoas que gostam de Metal ouve principalmente Trash Metal, ouso dizer que em certos momentos se tem até certo preconceito com o BM. Mas acredito que isto tem muito mais relação com o estranhamento que acontece por conta das aparências do que com o estilo propriamente dito

5)Metal Face: O nome da banda vem do livro homônimo do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, que é conhecido por defender o pensamento de que o homem é seu próprio Deus. Acha que as pessoas entendem a mensagem filosófica por trás das músicas?
Kether: Acho que sim, mas não inteiramente. Muitas pessoas pensam que nossas letras têm ligação com ideologias de ultra-direita e nacionalismo, pois falamos muito do “forte” em detrimento do “fraco”; então, de certa forma, isto carrega uma noção de que acreditamos que existam pessoas que são inferiores e superiores. No entanto, este não é o pensamento que queremos passar. Acreditamos que as pessoas não são “fracas” ou “fortes” num sentido determinista. Pensamos que o “fraco” é aquele que não consegue manter uma relação satisfatória consigo. Por exemplo: os cristãos acreditam que a castidade deve ser preservada até o momento da união. É isto que a ideologia cristã prega. Entretanto quantos cristãos realmente seguem isto? A pessoa acaba tendo uma relação frustrada em sua vida: “gosto de fazer, mas é pecado”. Sente que isto faz dela uma pessoa incompleta, quando não suja, indigna. Por isso ela é “fraca”, pois é incapaz de perceber sua verdadeira vontade. Porém não quer dizer que esta pessoa será sempre assim, que não existe chance de ela resolver este dilema.
Iezide: Nietzsche escreveu um livro com este nome. Mas Crepúsculo dos Ídolos era também um nome de uma peça de seu amigo Richard Wagner e uma expressão que Voltaire utilizou em um livro. A iconoclastia é ao que se refere o livro e o nome da banda. O nome da banda surgiu de vários lugares e referências, Nietzsche é uma; Anúbis é outra; o contraste necessário é "Aurora dos Homens", o sol no oeste. Idolatria é acreditar em outra coisa que não seja a carne e o sangue. – Nietzsche não disse que Homem é deus. Ele dizia que o homem é uma ponte, um caminho para algo maior, o “Além-do-homem”. Um novo tipo de “Homem” que caminhará na terra depois que os humanos se forem. Quando dissemos que “Não existe deus se não o homem”, estamos dizendo duas coisas: que o homem pode pegar o universo em suas mãos; e, também, que o homem (indivíduo) é uma manifestação temporária, com nascimento e morte, mas que antes do homem surgir houve a história da eternidade precedente e que engendrou o homem tal qual ele é hoje. O homem é uma manifestação da natureza eterna e do espaço infinito. A natureza se manifesta no homem; não existe deus se não o homem.
Tenebrae Occultus: Como Iezide sempre diz, crepúsculo significa o fim do dia, lembra ocaso e fim. Crepúsculo dos ídolos significa então o fim dos ídolos; o Deus cristão é um ídolo, Jesus Cristo é um ídolo, Krishna é um ídolo, Ganesha é um ídolo, Buda... um ídolo, o Diabo, Satan, Demônio, seja lá como se chame, é um ídolo; nó pregamos o fim da iconoclastia. Associando essa idéia à famosa frase Thelêmica: “Não existe Deus senão o Homem”; fica fácil compreender o termo Aurora dos Homens[1] como sendo o contraste eqüipolente resultante do Crepúsculo dos Ídolos: A derrocada dos deuses é a ascensão do Homem. Poderia objetar-se: “Mas e os deuses mencionados por Thelema, como Hórus, Nuit, Haa-Hoor-Khuit, Hadit etc.?” Seria insensatez se pregássemos apenas a derrocada dos Deuses cristãos, que nos são inconvenientes; ao fazer isso estaríamos nos colocando numa posição dogmática. O Crepúsculo é para todos os ídolos!, pois todos os ídolos são adorados como estando fora[2]. Mas Thelema submete os ídolos ao Homem, ao verdadeiro Homem, ao Homem que Nietzsche chamaria Além-do-homem. Os ídolos são subsumidos neste verdadeiro Homem, não servimos a eles, nós é que fazemos com que eles (os ídolos) nos sirvam. Para compreender esta inversão recomendo que leiam meu ensaio intitulado “Satanismo e Thelema”, ele está postado num tópico da nossa comunidade do Orkut. Um Thelemita não adora Hórus, ele evoca Hórus na sua própria carne; Hórus corre por suas veias no seu sangue e serve aos propósitos daquele que o evocou[3]. Para compreender isto cientificamente leia as próximas respostas. Crepúsculo dos Ídolos é uma declaração contra a iconoclastia, isto é, contra a adoração dos deuses de fora. Como é possível ver nas nossas respostas, nossa ideologia engloba temas muito vastos e profundos; alguns temas são compreendidos por várias pessoas, mas alguns exigem uma preparação filosófica, outros ainda uma preparação mística, assim posso dizer que existem vários graus de compreensão, tudo depende da própria pessoa que tem contato com nossa arte. Todos podem retirar algo de proveitoso do nosso trabalho, desde que não sejam cristãos convictos e apreciem o metal.

6) Metal Face: Além de tratarem, nas composições, sobre o pensamento Nietzschiniano, falam também de Thelema. Poderia explicar essa filosofia?
Tenebrae Occultus: Para responder essa questão começo citando o comentário introdutório de Alesteir Crowley ao Livro da Lei (o Livro sagrado de Thelema):

Esse Livro profere um simples Código de Conduta:
“Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei.”
“Amor é a Lei, amor sob vontade.”
“Não há Lei senão fazer o que tu queres.”

Thelema é a Lei do nosso tempo e a verdade que habita o coração dos homens. Se esta Lei for aceita sinceramente pelo aspirante, o universo se abrirá para ele e lhe mostrará a sinergia thelêmica, mostrará a harmonia que Thelema proporciona para a compreensão do Universo. Com harmonia, não se entenda o sentido moral da palavra, pois para Thelema a guerra, por exemplo, é algo necessário, fazendo parte, portanto, da harmonia do Universo e exercendo um importante papel na equação 0 = 2 (Cf. o texto Berashit de Alesteir Crowley para compreender a natureza dessa equação comprovada matematicamente). O Cristianismo já é proscrito; o homem alcançou as estrelas e as velhas tábuas dos mandamentos cristãos já não respondem aos anseios dos nossos corações. A resposta à próxima questão tratará mais detalhadamente a Filosofia de Thelema.

7)Metal Face: A banda afirma ser contra subserviências dogmáticas. Mas seguindo a ideologia de Crowley, segundo sua opinião, não seria uma forma de reprodução dogmática pagã? Não seria o mesmo que propagar uma religião qualquer?

Tenebrae Occultus: É uma excelente pergunta. De fato, pode ficar essa impressão dogmática, principalmente pelo fato de que Thelema - sistema Mágico-filosófico-científico do qual Alesteir Crowley é o precursor – prega abertamente a necessidade do fim do Cristianismo. Isso pode soar como uma substituição de uma coisa por outra; não estou negando que possa haver essa substituição, mas alego que ela não ocorre necessariamente. Você jamais verá um verdadeiro thelemita usando de todas as suas forças para fazer com que outrem aceite a filosofia thelêmica; não funciona assim, pois isso vai contra a lei fundamental de Thelema que é “Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei” – esta é a Lei da liberdade por excelência e é a base na qual Thelema está fundada.
Conversava esta semana com Iezide (Guitarra e Letras) e ele me dizia: há muitas pessoas que são thelêmicas sem o saber. E eu digo mais, há muitos anticristãos sentados nos bancos das igrejas cumprindo suas obrigações sociais. Quantas pessoas de fato seguem os preceitos cristãos da humildade, da sobriedade, da compaixão, da decência; quantos cristãos de fato não usam métodos anticoncepcionais? Que mundo hipócrita é este que permite que um homossexual seja cristão, que padres sejam pedófilos? Que tipo de humildade é essa que prega a pobreza no mundo e promete uma eternidade no paraíso caminhando sobre um piso de ouro(Cf. as descrições do paraíso na Bíblia)? Enfim, eu não me cansaria aqui de mostrar as falhas de um sistema tão defeituoso quanto o cristianismo e que se tornou mais falho ainda a cada remendo que a história fez para tentar consertá-lo. Enfim, não é preciso ser thelemita e declarar-se abertamente enquanto tal para seguir a Lei de Thelema. Basta que você acredite na força das suas capacidades e se dê o direito de desfrutar a vida; basta que você saiba como usar as suas melhores habilidades e se sinta bem com isso; basta que você deixe fluir a corrente de vontade que percorre o seu ser; basta que você não se sinta culpado pelo que você é ou pelo que faz; basta que você deixe que os outros sejam da maneira que eles querem ser; basta que você não obrigue ninguém a fazer o que não quer; basta que você seja quem você verdadeiramente é; basta que você aceite e respeite, ainda que não concorde com o modo de ser dos outros; basta que você goste de guerrear por mero esporte com aqueles que lhe são próximos; basta que você esteja pronto e forte para entrar numa guerra de verdade e só a abandonar quando tiver alcançado seu objetivo, seja ele a morte ou a vitória, pois Thelema é conquista, força e poder; basta que você celebre a vida e celebre ainda mais a morte. Muitos seguem a Lei de Thelema sem o saberem, isto faz deles thelemitas, por isso Thelema não é religião, é uma Lei que se aplica a nossa existência, é algo interior e não algo imposto de fora.

Conversava com Iezide no mês passado e ele disse: há muitos que seguem a filosofia thelêmica e são ateus, uma coisa não exclui a outra. Estamos no tempo da liberdade e Thelema é uma Lei que está presente em cada pessoa, é uma corrente que percorre cada ser da nossa raça e do nosso tempo e cada coisa com a qual convivamos. Cito um belo exemplo que Iezide me deu há muitos anos: negar a Lei de Thelema é quase como dizer para um pé de abacate que ele tem que produzir banana. Mas veja bem, Thelema não proibe nada, pois o único pecado é a restrição, se o pé de abacate tiver uma vontade inquebrantável e verdadeira de produzir bananas, ele deve lutar por isso, nem que demore 100 milhões de gerações.
Como pode uma filosofia desta estirpe ser dogmática? Uma filosofia que lhe permite ser até o que você não é, desde que você queira isso verdadeiramente.
Um dos conselhos dados por Eliphas Levi (Místico francês que tem seus livros utilizados até hoje como prova iniciática para o ingresso na A:.A:.) é que não se deve confiar de todo no mestre, ou seja, devemos questionar o que nos foi dado, comprovar por nós mesmos o que está sendo dito. Mas como poderíamos comprovar coisas tão abstratas? Thelema é um sistema mágico e, como Iezide sempre fala, magia é ciência; portanto, use sua razão e a ciência para comprovar o que está sendo dito. Magia é fisiologia, são hormônios e substâncias químicas que percorrem o seu corpo e alteram seu comportamento, pensamento e sentimento, e esse é o precioso ensinamento de Iezide. Thelema é liberdade, e controlar as funções do nosso corpo com certeza está no caminho de potencialização dessa liberdade. Thelema parece muito fantasiosa com seu panteão de Deuses pagãos, parece mística, dogmática e não parece diferir das crenças comuns. Agora eu peço que compreendam Marte ou Ares não como um Deus da Guerra ou um ser fantasioso criado pela imaginação humana, mas sim como um hormônio presente em seu corpo que, quando liberado, desencadeia uma série de reações fisiológicas, como: o aumento dos batimentos cardíacos, o que leva maior quantidade de sangue aos músculos, o aumento da freqüência respiratória fazendo com que este sangue que vai aos músculos chegue lá com maior quantidade de oxigênio o que, por sua vez, melhora o metabolismo nas células resultando num melhor desempenho muscular. Além disso, imagine que esse hormônio funcione como um gatilho que libera outras substâncias químicas presentes no corpo humano tal como a adrenalina que faz com que não sintamos a fadiga muscular causada pelo esforço demasiado em situações de fuga ou de luta, que faz também com que não percebamos a dor ao sermos atingidos, permitindo assim que continuemos lutando para salvar nossa vida. Enfim, é evidente que tais funções do organismo são altamente úteis em situações de guerra, e eu diria que estas reações foram projetadas para situações de guerra. Assim, quando nos escritos mágickos[sic.] de Thelema lemos sobre esses Deuses, não devemos pensar que isso torna de Thelema uma religião, mas sim, algo científico. Magia é ciência. Thelema é a consecução da liberdade por meio da magia; controlar esses hormônios e ativa-los ao seu bel-prazer em seu organismo é como evocar um deus e nisso não reside nenhuma crença dogmática, muito embora a alegoria nos leve diretamente à idéia de crenças irrazoáveis, existem métodos científicos para se fazer isso. Devemos lembrar que as alegorias e o panteão de Deuses que representam o espírito do mensageiro (Hermes), do sábio (Thoth) que representam a harmonia, a forma e a beleza (Apolo), o espírito caçador (Diana), a beleza e o poder de sedução femininos (Afrodite), os movimentos orgiásticos coletivos de embriagues e dissolução egóica (Dionísio); tais mitos surgiram dos sentimentos humanos e é por isso que eles são verdadeiros, porque representam sentimentos e idéias reais que foram personificados em mitos.
Quando digo que Thelema é ciência, faço-o para distingui-la das religiões dogmáticas, não obstante, está havendo uma aproximação entre as crenças e a ciência, e Thelema parece ser o elo de ligação que faltava, mas isso não significa dogmatismo, mas sim comprovação das coisas religiosas pelos métodos científicos e nenhuma crença irrazoável e dogmática será aceita por Thelema; sem embargo, aqueles que tiverem vontade e necessidade de coisas fantasiosas, sintam-se livres para crerem em tais coisas, desde que não interfiram na vontade de seus semelhantes. O problema não está no fato de alguém crer que um cordeiro divino é nosso Deus e Salvador, mas sim no fato desse alguém pregar e exigir que todos nós sirvamos a um animal do rebanho dos caprinos. Thelema é muito mais ampla do que o Cristianismo e o Anti-cristianismo; e até mais ampla do que si mesma. O Cristianismo teve seu papel no curso do Universo, ele ensinou a disciplina e a ética aos homens, e ensinou também, com a maldita “Santa Inquisição”, que devemos aprender com nossos erros e que não devemos persistir na ignorância. Mas agora foi nos dada uma nova Lei, uma lei única e que corresponde ao nosso atual funcionamento e que é uma lei harmonizadora do inevitável, e desejado posto que necessário, caos, criado pelo cristianismo.
Não combatemos os cristãos que se fecham na sua religião, combatemos os cristão que desejam que a sua religião seja a verdade universal, os cristãos que combatem o mal e o demônio, pois para eles, tudo o que não é cristão é demoníaco, eles não fazem distinções, este tipo de cristão deve morrer, pois ele interfere na vida de seus semelhantes e os desviam do caminho que eles desejam seguir. Quando este tipo de cristão morrer o cristianismo dará seu último suspiro, pois o resto dos cristãos nem são tão cristãos assim, e o tempo os dissuadirá do cristianismo ou então a morte varrer-los-á, junto com suas crenças.
Veja como o cristianismo teve seu tempo e agora devemos lutar contra o que nós construímos por meio dele, mas veja que o anti-cristianismo também terá seu tempo, pois chegará a época em que a Lei será proclamada em todos os cantos e será universalmente aceita, não por imposição mas por franca aceitação. Veja ainda que Thelema terá seu tempo, pois no seu escrito mais sagrado ela proclama seu próprio fim e morte, esta, por sinal é muito bem vinda, pois está no topo de um próspero reinado e é como se fosse a coroa de todo um Aeon, o “Grand Finalle” e a afirmação de tudo que está feito, a rubrica do autor. O ocaso de Thelema é como o olhar do cavaleiro intrépito que caminha para a morte e se regozija no seu fim que servirá para forjar a chave da porta que abrirá o novo reino vindouro. A Coroa de Thelema abrirá o Reino do Homem-Deus; e assim Kether se ligará a Malkuth e inaugurar-se-á um novo tempo.
No fim da era Thelêmica, nossos sucessores olharão para nossos feitos e apontarão os erros, tal qual nós podemos fazer agora com o cristianismo, mas verão a necessidade de tais erros e como eles tiveram sua devida função, não sendo erros então, mas apenas ações que não mais se deseja repetir, pois a nossa raça evolui e a cada passo dado se aproxima da perfeição. Os cristãos crêem que o “mundo” se acabará com o fim do cristianismo e chamam isso de apocalipse, mas os thelêmicos sabem que o universo prosseguirá com o fim de Thelema. Não queremos forçar ninguém que não o queira a aceitar a Lei de Thelema, não somos dogmáticos, mas Thelema promete frutos a seus filhos: “Faze o que tu queres e nenhum outro te dirá não”.
Eliphas Levi tem uma frase genial na sua obra intitulada “Dogma e Ritual de Alta Magia”; ele diz algo assim: não creio nisso porque seja assim, mas porque eu desejo que seja assim. Existe maior expressão de liberdade do que isso? Ademais, pode parecer dogmático acreditar que esta lei seja a verdade e que tudo funcione de acordo com ela, mas o fato é que a Lei só parece funcionar se você acreditar, é algo bastante semelhante ao efeito placebo, no entanto, a verdade é que você só percebe como a Lei funciona quando você a aceita. Thelema é baseado num princípio altamente harmônico: “Todo homem e toda mulher é uma estrela”. Cada estrela tem sua órbita e sua função, pois cada uma tem habilidades distintas. O que devemos fazer é descobrir nossas habilidades e desenvolvê-las; isso nos traz imensa satisfação, pois, fazendo isso, estamos fazendo a nossa vontade e contribuindo para o andamento do Universo. Se esse princípio é ou não é verdadeiro, não há nada AINDA que possa comprovar, mas eu particularmente gostaria muito que fosse e farei de tudo para torna-lo assim (verdadeiro), posto que é o melhor modo de funcionamento universal que eu já pude imaginar. No entanto, cabe lembrar que “Faze o que tu queres” não significa fazer o que der na telha. Esta expressão se liga com a parte mais profunda de seu ser e não às frivolidades da superfície, ela o exorta a descobrir a sua verdadeira vontade, aquilo que você não se cansaria de fazer por toda a sua vida, a sua real função que está de acordo com as suas habilidades, aquilo para o que você foi forjado. Nessa verdadeira vontade a disciplina e o esforço são coisas essenciais, mas todo esforço resulta em grande avanço quando tudo conspira a seu favor e o avanço serve de combustível para mais avanço. Os príncipes de Thelema carregam em si uma vontade intrincável que ultrapassa qualquer obstáculo. Não confunda-os com os que levam uma vida hedonista e baseada em princípios egoístas e frívolos, se bem que tal vida não está em desacordo completo com a Lei de Thelema. Em Thelema há disciplina em prol de um fito; e há o fito dos fitos, e nisso há mistério.
Afirmei acima e dei razões de porque Thelema não é um dogma, mas não posso deixar de dizer isso: “A Lei é para todos”; e todos devem aceitá-la francamente, pois ela está de acordo com o atual curso do universo e da raça humana. Aqueles que não aceitarem a Lei sentirão as conseqüências. Mas isto não é uma ameaça nem um castigo, é um aviso, é como se alguém estivesse dizendo: ‘olha.., você pode até tentar quebrar essa molécula de hidrogênio e você tem capacidade para isso, mas quando você o fizer... veja bem, isso não vai dar muito certo desse jeito, você pode se machucar, não que eu o queira, mas porque é assim que as coisas são; você sabe, existem certas leis na natureza e certas moléculas reagem de uma determinada forma...’. Você não vai para o inferno caso não aceite a Lei de Thelema (exceto se você for um cristão enrustido que acredita em inferno, que não pratica os preceitos cristãos e que sabe que está “pecando”), mas as coisas se tornarão difíceis, mas não porque elas sejam de fato difíceis, mas porque você não terá a vontade necessária para realizá-las; todos sabem como é isso. Quantas vezes não conseguimos realizar as tarefas mais simples e fáceis porque nos falta ânimo, coisas que sabemos que devemos fazer, mas que simplesmente não conseguimos fazer? Ao passo que quem realiza sua verdadeira vontade torna-se incansável, não porque as coisas fiquem mais fáceis, mas sim porque essa pessoa reúne em si as condições necessárias para construir uma vontade capaz de transpor os maiores obstáculos.
Mas ninguém é obrigado a aceitar a Lei, ela não é um dogma, e ninguém é obrigado a acreditar nisso porque: “Isto tudo é verdade e mentira; e é verdade e mentira dizer que isso é verdade e mentira. Estimula vigorosamente tua Inteligência, Oh homem, Oh valioso, Oh escolhido DELE, para aprender o discurso DO MESTRE; pois assim tua razão quebrar-se-á por fim, como uma corrente arrancada da garganta de um escravo.” (Crowley, A. O livro das mentiras – falsamente assim chamado; cap.31).
O aviso está dado e o chamado está feito.

8)Metal Face: Falando em religião, houve fatos curiosos na formação da banda. Conte-nos o que ocorreu e por que alguns integrantes viraram cristãos;

Iezide: O clima do Crepúsculo dos ídolos sempre foi “pesado”. Um cristão acharia tudo aquilo muito satânico. Nós nos vestíamos de maneiras diferentes, nossa conversa era bem filosófica e mística, e nós deixávamos bem claro que éramos anticristãos e que odiávamos o cristianismo (e adolescente gosta de mostrar sua rebeldia). Para alguns integrantes, isso era muito perigoso. Impressões psicológicas começaram a se manifestar nos membros covardes e medrosos, cristãos no fundo de seus corações, com o verme da decadência em seus corações, escravos, servos, ovelhas, ovelhas que nós cuspimos de nossas bocas. Aconteceram fatos curiosos que eu não gosto muito de falar (pode parecer fantasia). No quarto do baterista (onde ensaiávamos), coisas estranhas começaram a acontecer, como barulhos, quedas de objetos, portas abrindo sozinhas, e ele ouvia vozes chamando ele. Isso só aconteceu porque nosso amigo “sonhava com jesus andando de bicicleta”, e isso foi blasfêmia para aquele cristão, tudo o que fazíamos era blasfêmia para aquele cristão que terá seu casamento celebrado por um padre. Um outro, sua avó teve câncer, e a mãe dele disse pra ele que “tudo isso é por causa desta sua banda que adora o diabo”. A avó dele morreu, ele acreditou na mãe, tatuou a virgem Maria na perna e agora lembra do Crepúsculo como uma banda que ele tocou também. Um outro virou pastor protestante. O nosso primeiro tecladista, que ajudou a compor o Álbum “Crepúsculo dos Ídolos”. Amigo de berço do Iezide. Depois declarou que “o Marcos é o diabo em pessoa”. Ele não entendeu a mensagem da Besta 666 e do Anticristo. Foi comovido com um “milagre” que aconteceu em sua vida em uma igreja cristã (o que de fato acontece), a cura da asma, e virou pastor.Um outro foi para a igreja também, ele sofreu dois acidentes de trânsito seguidos, a namorada manifestou câncer e morreu, daí ele não agüentou nosso ambiente nem um pouco consolador, associou tudo isso com a banda, e foi dobrar os joelhos esperando um afago na cabeça. Os escravos servirão. Estas pessoas nunca pertenceram ao Crepúsculo dos Ídolos, e suas contribuições foram insignificantes.

9)Metal Face: O terceiro álbum "Thoth" entrou em estúdio em fevereiro de 2009 e foi finalizada em julho do mesmo ano. Como foi o processo de gravação? Apoio de algum selo?

Tenebrae Occultus: Fico surpreso que tenham estas informações, elas só podem ser obtidas por quem acompanha a banda de perto, logo agradeço muito pelo interesse. As músicas do nosso terceiro álbum foram compostas ao longo de 2008, na verdade já tínhamos algumas idéias em 2007. O processo de gravação foi demorado em alguns pontos e acelerado em outros. Todas as nossas músicas são gravadas, editadas e mixadas por nós mesmos numa espécie de home studio que foi melhorado consideravelmente para a gravação deste 3º álbum. A bateria foi gravada em cinco dias, pois tivemos que pegar emprestado alguns equipamentos e queríamos devolver o mais cedo possível, as guitarras também foram gravadas bem rapidamente pelo mesmo motivo. No entanto, o processo de mixagem foi bem complicado, fizemos umas três versões diferentes do Thoth até alcançar uma equalização que nos agradasse. O processo foi demorado porque a equalização deveria sanar a nossa falta de equipamentos de qualidade para a gravação; mas fiquei muito surpreso e contente com o resultado, apesar das várias noites mal-dormidas. Houve certas vezes que cheguei a passar cerca de 20 a 24 horas seguidas (às vezes até mais) mixando e editando as trilhas de áudio, mal parava para descansar ou me alimentar, mas não me arrependo nem uma vírgula sequer, o resultado me deixou muito satisfeito bem como a todos os demais integrantes.
Não tivemos nenhum apoio financeiro para a gravação, no entanto, logo no início das gravações recebemos uma proposta da Black Goat Productions. A produtora entrou em contato com a banda e nós afirmamos que estávamos em estúdio gravando nosso terceiro álbum-demo (uso este termo porque nossas demos não são apenas uma demonstração, mas sim um álbum inteiro só que em formato não-oficial, isto é em CD-R). Então ele demonstrou interesse em lançar essa nossa, até então, demo. A proposta inicial era fazer 500 cópias numeradas à mão. No entanto, não sei bem quando a produtora tomou essa decisão, mas creio que quando mandamos a matriz de áudio, o dono da produtora, o nobre guerreiro Flavio Passos, viu a qualidade das composições e da gravação, e decidiu que nosso 3º álbum (Thoth) seria lançado em formato oficial numa tiragem de 1000 cópias.



10)Metal Face: Em que estados e países ele foi comercializado? Como foi a aceitação do público segundo as críticas?

Tenebrae Occultus: Na verdade, ainda estamos aguardando o lançamento desse CD. Tanto nós, como a nossa produtora, enfrentamos muitos obstáculos para o lançamento desse álbum. Este ano que passou foi um ano de muitas expectativas, avanços e aprendizado, pois é o nosso 1º CD a ser lançado de maneira oficial, e é também o primeiro CD a ser produzido em formato Oficial pela Black Goat Productions e como se diz, a primeira vez é sempre a mais difícil, e nesse caso, a primeira vez foi em dose dupla. Mas adianto que, nesse exato momento em que escrevo esta resposta (20/01/11 – 9:43), nosso primeiro CD Oficial está sendo prensado em São Paulo na MCK – Representação Fonográfica. E, pelo que nos foi informado, esta é a última fase do processo de produção, isso me faz crer que quando os leitores estiverem lendo esta resposta, já estaremos com o CD em mãos. No que se refere à distribuição, a Black Goat Productions pretende lançar o CD tanto no âmbito nacional, como internacional, assim, nosso trabalho será conhecido fora daqui também, mas não saberia precisar em quais países o CD será comercializado; posso adiantar que uma revendedora na França entrou em contato diretamente com a banda elogiando muito nosso trabalho e solicitando uma cópia do CD para futuramente, quem sabe, negociar um lote para distribuição no território francês.
Quanto à aceitação, bem, todos os que ouviram o CD acharam muito bom, mas a maioria eram amigos, muito embora isto não desqualifique totalmente a avaliação, sabemos que ela se torna um pouco tendenciosa. No entanto, já mostramos nosso CD para certas pessoas menos próximas e a avaliação continuou sendo muito favorável. Além disso, depois que colocamos algumas das novas músicas no nosso site do MySpace, freqüentemente recebemos elogios dos ouvintes; sem contar que as propostas para entrevistas em Zines aumentaram também.

11)Metal Face: Assisti três shows da banda em Cascavel e posso contar que deixam sempre uma atmosfera pesada, imprevisível, teclados sinfônicos, candelabros e pirofagia. O que o público pode esperar de um show de vocês?
Kether: Fico contente que tenha esta impressão. Acho que nosso desempenho nos shows procura aumentar mais esta sensação que as nossas músicas têm, do que quando são ouvidas através de um aparelho de reprodução de áudio. Queremos proporcionar às pessoas uma experiência ainda mais intensa.
Iezide: Nossos shows são celebrações. Cada música é uma descarga hormonal que deveria ser sentida e manifestada no corpo do ouvinte. Nós não negamos que a banda possui uma base mística. A abertura de nossas apresentações atuais é uma invocação (estímulo de certos sentimentos) de um estado biológico, trazendo à tona, no coração de nós no palco e, talvez, de alguma pessoa da platéia, sentimentos relacionado à rebeldia, transformação, liberdade, trazendo a guerra contra a proibição, imposição, restrição de qualquer meio de fora da pessoa; sentimentos de força, luxúria, poder, adrenalina, endorfina... nós trazemos Horús para o palco, e ele vem acompanhado da prostituta e da Besta, e Dionísio é responsável pelos alimentos; um ambiente de show é de álcool, sexo e música, e nós estamos dentro deste ambiente. Se a pessoa for cristã, sentirá, é claro, sentimentos relacionados ao demônio e ao mal e, certamente, sairá de nossos shows perturbada mentalmente. Se você for a um show do Crepúsculo dos Ídolos não seja cristão. Se você não for cristão, nossas apresentações são celebrações à vida e declarações de guerra.

12)Metal Face: Agenda e projetos para 2011, podem adiantar algo?
Temos alguns Shows em vista, mas nada certo ainda. Estamos abertos para agendamentos. No mais, estamos compondo nosso 4º álbum, ainda estamos em dúvida sobre o nome deste trabalho, temos duas opções, mas prefiro não revela-las. Iezide já tem uma idéia do tema lírico e esperamos compôr um álbum com o mesmo nível do Thoth ou superior.

13)Metal Face: Vou fazer perguntas de respostas rápidas agora:
(Respostas por Tenebrae Occultus)
Um show inesquecível? A Tournet do Dark Funeral pela América Latina em 2004 que resultou na gravação do Álbum De Profundis Clamavi Ad Te Domine.
Uma banda? Atualmente, Behemoth; que é o que estou ouvindo incessantemente, mas existem várias outras que não deveriam ser ignoradas.
Um álbum que gostaria de tê-lo composto? Enquanto produtor fonográfico: o lendário “Nemesis Divina” (1996), gostaria de estar lá, vendo este álbum sendo gravado. Enquanto baterista: o insano “Zos Kia Cultus” (2002).
Um livro de cabeçeira? Assim Falou Zaratustra – Nietzsche (1885).
Um filme? Waking Life (2001).
Um marco histórico? O recebimento do Livro da Lei em Abril de 1904.
Um herói? Nietzsche e Crowley, impossível dissociá-los.
Um defeito humano? Os intrometidos que interferem na verdadeira vontade de seus semelhantes, este é o único defeito da natureza humana. Tal defeito é freqüentemente cometido pelos cristãos, principalmente com suas tentativas de conversão.


Metal Face: Obrigada pela entrevista cedida ao Metal Face, força a vocês sempre e deixo o espaço para as palavras de vocês e contatos.
Kether: Gostaria apenas de agradecer pela oportunidade de expor nossos pensamentos.
Iezide: Obrigado ao Metal Face. Só gostaria de dizer que o Crepúsculo dos Ídolos é muito mais que uma banda de Black Metal. É a união de pessoas altamente preocupadas e envolvidas com questões humanas, que buscam colaborar de alguma maneira para saúde, vida, amor, prosperidade e eternidade da humanidade.
Tenebrae Occultus: Muito obrigado pela excelente entrevista elaborada pela Metal Face que se preocupou em conhecer nosso trabalho e realizar perguntas específicas relacionadas à nossa ideologia. Agradeço especialmente a Larissa, por ter entrado em contato conosco, e espero que esta entrevista sirva para estimular os curiosos a buscarem mais conhecimento; os insatisfeitos a conseguirem o que querem; os indignados a mostrarem sua rebeldia; e os guerreiros a vencerem a sua luta. Gostei muito da entrevista; essa foi a primeira vez que mais de um membro respondeu; você conseguiu mobilizar o interesse de 3 dos nossos integrantes com as suas perguntas. Meu parecer: "Essa foi a melhor e mais completa entrevista que o Crepúsculo dos Ídolos já teve a oportunidade de responder."

Contatos: crepusculo93@gmail.com
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Myspace: www.myspace.com/crepusculodosidolos
Youtube: www.youtube.com/jacksonadami6


Entrevista por: Larissa Varella






Um comentário:

  1. Sou Tenebrae Occultus e gostaria apenas de inserir uma errata aqui: Na minha resposta à questão nº 5 onde está escrito "iconoclastia", leia-se "iconolatria".

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